História
Cidades Históricas:
Ouro Preto
Para o Brasil, Ouro Preto representa: turismo, férias e história. Tiradentes (Mártir da Independência), ouro, pedras preciosas e Escola de Minas. Primeiro produtor de alumínio do Hemisfério Sul. Tutu de feijão, frango com quiabo e pão do queijo. Aleijadinho e monumentos históricos tombados. Capital da Província de Minas Gerais até 1897, e, muito mais.
Para a nossa História Postal do Império, Ouro Preto representa: povoação formada desde o Século XVI. Villa Rica desde 8 de julho do 1797 e Ouro Preto a partir do 1822. Centro de distribuição das malas postais de toda a Minas Gerais. Ramal da Estrada do Ferro Dom Pedro II desde 23 de julho do 1889. Capital da Província de Minas Gerais até 12 do dezembro do 1897. E, muito, muito mais.
Ouro preto.
São João Del Rei
Em São João Del Rei, as solenidades religiosas são pomposas. Terra cheia de música, as orquestras bicentenárias estão sempre presentes, seja nos ofícios na Catedral-Basílica de Nossa Senhora do Pilar, seja nas cerimônias públicas, como nas celebradas durante a Semana Santa. As outras igrejas barrocas, construídas no início e meados do século 18, também com a riqueza do ouro, são a de Nossa Senhora do Rosário, a de Nossa Senhora do Carmo (projetada pelo Aleijadinho), a de Nossa Senhora das Mercês e a de São Francisco de Assis.
A 185 km de distância de Belo Horizonte, a cidade atrai muitos turistas. Ao contrário de outras cidades do Ciclo do Ouro, São João Del Rei não sucumbiu com o fim da atividade de garimpo. Transformou-se num importante pólo comercial da sua região. Seu núcleo histórico e arquitetônico é bastante preservado e oferece ao visitante uma característica mistura de casas e igrejas do século 18 com construções mais modernas, do final do século 19. 
Mariana
Primeira vila da antiga capitania de Minas Gerais, Mariana está localizada apenas a 15 km de Ouro Preto e a 112 km de Belo Horizonte. Fundada em 1696 e hoje considerada Monumento Nacional, fez também sua riqueza barroca com o ouro tirado de suas minas e do ribeirão do Carmo. Além da relevância histórica e cultural, com muitas igrejas e monumentos coloniais, Mariana conta com inúmeras belezas naturais em seu entorno.
O órgão da Catedral-Basílica da Sé é uma atração especial. Construído entre 1700 e 1710 pelo alemão Arp Schnitger — considerado um dos maiores construtores de órgãos de todos os tempos —, o instrumento passou por um amplo trabalho de restauração a partir da década de 70 e é mantido em funcionamento até os dias de hoje, com apresentações abertas ao público todas as sextas e domingos. Outro instrumento semelhante no mundo só pode ser encontrado na cidade de Faro, em Portugal.
Na estrada entre Mariana e Ouro Preto, está a Mina da Passagem, desativada em 1985. Lá o visitante pode conhecer as águas cristalinas de um rio subterrâneo e as estreitas galerias onde os mineiros exploravam o ouro, a 120 metros de profundidade.
As duas principais igreja em Mariana.
Congonhas
A cidade de Congonhas, a 89 km de Belo Horizonte, possui grande importância cultural e artística. Seu cartão-postal é o santuário do Bom Jesus de Matosinhos, reconhecido pela UNESCO como patrimônio mundial e considerado a obra-prima do arquiteto e escultor Aleijadinho.
As capelas têm em seu interior a representação de sete dos Passos da Paixão de Cristo. As imagens, em madeira policromada e de tamanho natural, foram esculpidas por Aleijadinho e pintadas por Manuel da Costa Athaíde. No adro encontram-se os 12 profetas — Isaías, Baruc, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Naum e Habacuc — esculpidos pelo Aleijadinho em pedra-sabão. Cada um dos profetas está em posição diferente e executa gestos que se coordenam, criando uma forte impressão de movimento.
Outros destaques do conjunto barroco da cidade são a igreja de Nossa Senhora da Soledade, a igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição e a coleção de 89 ex-votos pintados no santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
Tiradentes
A pequena Tiradentes está a 210 km de Belo Horizonte e a 160 km de Ouro Preto. Suas igrejas e seus monumentos também foram construídos com a riqueza do ouro explorado em toda a região.
Tiradentes tornou-se um dos pontos turísticos mais visitados do Estado nos últimos anos, com a incorporação de atividades culturais e de lazer ao seu calendário, como o Festival de Cinema de Tiradentes, de expressão nacional, e o Festival de Gastronomia, que coloca nas mãos de grandes chefes a culinária regional.
A comida típica de Minas Gerais é uma das atrações da cultura local. O frango com ora-pro-nóbis e o frango ao molho pardo, com receitas a cada dia mais sofisticadas, movimentam os restaurantes e pousadas locais.
É igualmente imperdível o passeio de trem entre Tiradentes e São João Del Rei. Além de voltar ao passado na antiga Maria Fumaça — locomotiva a vapor que está ativa desde 1881 —, é possível desfrutar de um belo panorama da vida interiorana. O passeio dura cerca de 35 minutos e percorre os 12 km que ligam as duas cidades. A Maria Fumaça de Tiradentes é a única locomotiva de seu tipo, de bitola estreita, ainda em funcionamento em todo o mundo.
Estátua de Tiradentes.
Olhai as montanhas, mineiros,
Como o Itacolomi dos inconfidentes,
Vós que vos omitis, olhai-as enquanto vivem pois,
Em centenas de vagões, como urnas funerárias,
Vão sendo levados seus pedaços, inermes.
Tem traíra sem espinho,
O trem Maria Fumaça,
Apitando no caminho,
Onde essa moça não passa.
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