Artes

Este artigo aponta que houve expressivas manifestações artísticas no Brasil colonial, notadamente no âmbito religioso, não só no que diz respeito às artes plásticas, mas à música, utilizada tanto nas missas quanto nas procissões e festas religiosas. Com o passar do tempo, esse material foi abandonado e esquecido. Todavia, pesquisas feitas a partir da década de 1940 têm revelado um rico acervo e maior conhecimento sobre sua produção.

Inicialmente, o autor esboça os contornos da religiosidade colonial, dando seus traços característicos: presença constante do elemento religioso; abundância de superstições e práticas sincréticas; ênfase no exterior e no monumental; dissociação entre prática religiosa e retidão moral.
A seguir, descreve as atividades musicais e seus produtores, ressaltando os tipos de composições e as ocasiões em que eram utilizadas. Chama a atenção para a riqueza e diversidade da produção musical, especialmente nos centros mais desenvolvidos, e considera alguns músicos representativos que atuaram em diferentes regiões da Colônia (Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro).
O autor conclui com uma reflexão crítica tanto do ponto de vista musical (a música em si, considerada de boa qualidade) quanto funcional (seu impacto no culto formal e na piedade popular). Sua constatação é que a música sacra colonial contribuiu para manter a identidade religiosa do povo, sem, todavia, levá-lo a uma maior maturidade espiritual. O autor reconhece que falta uma investigação mais acurada da repercussão dessa música na vivência religiosa do povo brasileiro.

 

 

 

Barroco Mineiro

A vida de Antonio Francisco Lisboa

   Antônio Francisco Lisboa, o famoso Aleijadinho, era filho de um português (mestre nas obras) e de uma escrava. E nasceu em Vila Rica no ano de 1730 (mas não há documentos oficiais que comprovem essa data). Por volta dos 47 anos de idade, começa a surgir uma doença que até hoje não se sabe o que é exatamente, mas provavelmente pode ter sido hanseníase ou alguma doença reumática. Com o tempo ele foi perdendo os movimentos das mãos e dos pés, e seus dedos foram se atrofiando, até que ele chegou ao ponto de corta alguns dedos para aliviar a dor, e por isso seus ajudantes ficavam sempre de olho para que ele não fizesse de novo. Ele pedia aos seus ajudantes que amarrarem suas ferramentas em seu punho, para que pudesse continuar trabalhando nas construções das igrejas e altares de Minas Gerais. E aleijadinho teve um companheiro chamado Ataíde que pintava as igrejas que Aleijadinho construía, e uma das suas melhores pinturas foi na igreja São Francisco de Assis em Ouro Preto.

 

 

As obras de Aleijadinho

A obra de Aleijadinho tem diversos estilos de barroco em uma obra só. Sua escultura tem características do rococó e dos estilos clássico e gótico. A pedra-sabão, matéria-prima brasileira, foi o principal material que Aleijadinho usou para esculpir suas obras-primas. Mas ele também utilizava madeira. Ele morreu pobre, doente e abandonado, pela sua mulher e sua família, na cidade de Ouro Preto no ano de 1814. Suas obras são reconhecidas até hoje muito importante na estória do barroco brasileiro. E até hoje é considerado o mais importante artista plástico do barroco mineiro. Aleijadinho, já com a doença, começa a dar tons melhores e mais expressionistas as suas obras. E é neste período que ele constrói suas melhores obras de arte como Ao Passos da Paixão e Os Doze Profetas, da Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, na cidade de Congonhas do Campo. O trabalho por 66 imagens religiosas esculpidas em madeira e 12 feitas em pedra-sabão, é considerado um dos mais importantes e representativos do barroco brasileiro.

Principais obras de Aleijadinho:

- Retábulo da capela-mor da Igreja de São Francisco em São João del-Rei 

- Retábulo da Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto

-  Retábulo da Igreja de Nossa Senhora do Carmo em Ouro Preto

 

Arquitetura                          

- Projetos de fachadas de duas igrejas (Igreja de São Francisco em São João del-Rei e Nossa Senhora do Carmo em Ouro Preto)

Escultura

- Conjunto de esculturas do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (incluindo as mais conhecidas: "Os Doze Profetas").

 

Profeta de Antonio Francisco